Cookie

Já falei à respeito disso com algumas pessoas pessoalmente, já escrevi sobre isso de forma breve no facebook e mencionei novamente na minha postagem de retorno no dia 3/11. O fato é que desde meados de janeiro deste ano, a Cookie não mora conosco.

Eu sei que este assunto é polêmico, que vai existir muitos que vão torcer o nariz quando ler, achar um absurdo sem tamanho e me achar a bruxa má. Mas eu acho importante esse assunto - por isso vou escrever a respeito dele - ajuda a quem está em uma mesma situação, ou a quem é contra a ter uma visão mais amena da situação ou quem fez sem considerações, a ver se o que decidiu foi correto e no meu caso, para vocês entenderem o que foi que aconteceu para que eu fizesse isso, evitando julgamentos errados.




Bem, para ilustrar bem a situação toda, deixe-me começar a dizer que a Cookie foi adotada pelo Leo e eu em 2009, quando ela tinha um pouquinho mais de um mês e era uma pequenina bolinha. Logo percebemos que ela ficou um pouco maior do que imaginávamos que ela seria. Quando eu engravidei da Malu em 2011, algumas pessoas disseram que eu era "corajosa" outras que eu era "louca", mas eu nunca me preocupei com o fato de as duas coexistirem no mesmo espaço. Fizemos tudo o que lemos por aí, a fim de permitir que a Cookie se acostumasse com a Malu, que ela não se sentisse deprimida ou deixada de lado, trouxemos coisinhas para ela cheirar da Malu antes mesmo dela chegar em casa e tudo mais. 


O primeiro encontro das duas foi um pouco diferente do que eu esperava. Quando a Malu chorou, a Cookie se escondeu embaixo do sofá, ela tinha medo dela. Demorou uns dois meses para que começassemos a ver algum tipo de aproximação. Quanto ao contrário: assim que a Malu começou a entender um pouco melhor e a enxergar a Cookie, foi amor a primeira vista! Várias foram as postagens de como a coitada da cachorrinha sofria nas mãos da nossa Felícia: ora sendo usada de travesseiro, ora de cama e muitas vezes, a Malu ia ficar perto dela aonde ela estivesse. 


Quando engravidamos da Clara, os procedimentos foram os mesmos! Agora a preocupação era que a do meio não se sentisse destronada: trocamos o quarto, a cama e mudamos tudo o que tivemos de mudar antes da Clara chegar, para que a Malu não se sentisse mal em nenhum processo. Apresentamos a Clara para a Cookie da mesma forma que foi com a Malu, essa por sua vez foi muito mais receptiva, já não era novidade ter um bebê em casa!

Primeira vez que ela chegou perto de mim, depois que a Malu
nasceu. O papai registrou as três dormindo
Porém com o passar dos meses algumas coisas aconteceram: a Cookie passou a ficar um pouco esquecida, seus passeios não estavam acontecendo mais tão regularmente, a ração acabava e tínhamos que sair na hora para buscar, a casa e o cuidado com as meninas ficou um pouco demais para mim, tivemos uma conversa bem séria o marido e eu e ele assumiu as responsabilidades da Cookie, mesmo assim, sentia que não tinha mais tempo e atenção como antes e me culpava por isso! Então a Clara começou a demonstrar muito medo da Cookie, chorava descontroladamente quando ela chegava perto ou se latia, ou qualquer coisa como se coçar e ela estava no processo de começar a engatinhar para andar, não queria ficar no chão perto dela. E ela tem medo até hoje de todos os cachorros com quem tem contato. Uns dia mais e uns dias menos. Começou também uma desconfiança que a coriza constante das duas pudesse ser alergia aos pêlos da Cookie e para finalizar, a avó do Leo faleceu (a Clara tinha 8 meses) e a cachorrinha dela iria ficar sozinha o dia todo, enquanto a mãe do Leo saísse para trabalhar. Então, a minha sogra sugeriu, porque que ela não levava a Cookie para morar com elas, assim seria bom para todos, incluindo para a Cookie que teria muito mais atenção e companhia.


A Clara no chiqueirinho cochilando com a Coo de guarda e a Malu
se escondendo embaixo da mesa com ela.




No começo, meu coração parecia que ia partir, choramos muito e ficamos apreensivos que a Malu ou a Cookie ficassem doentes de saudades. Nenhuma das duas coisas aconteceu. E a Cookie de tão bem adaptada que ficou, já adotou a minha sogra como mãe, isso me entristece um pouco, mas me mostra que eu fiz a escolha certa. As vezes as escolhas que temos de fazer são muito complicadas e não existe fórmula mágica: funciona para cada caso de uma forma diferente. Mas depois de ponderar muito e nos colocarmos no lugar dela, percebemos que o melhor lugar para ela seria com a minha sogra. E a felicidade da Cookie era o mais importante para qualquer decisão que fossemos tomar! Dessa forma ficou ótimo também para nós, porque podemos vê-la sempre que quisermos. 


Beijos,

Bárbara

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