Redescoberta

O ano passado foi um ano bem decisivo na minha vida. Muitas pessoas - até mesmo as que nunca me falam nada, não só aquelas que sempre me dão conselhos bons e/ou me conhecem bem - me falaram muitas percepções delas à respeito do modo como eu estava vivendo e para onde eu estava trilhando se continuasse naquela toada. E muito do que eu ouvi calou lá fundo, porque eu sabia ser verdadeiro. E o que esses conselhos todos tinham em comum: eu deveria encontrar algo só meu, um momento só meu, algo que me fizesse feliz. 
O problema é que desde que eu me tornei mãe, duas coisas se tornaram bem difíceis: ter esse tempo para mim e me enxergar além de mãe. A culpa também que a gente sente por se quer imaginar ter esse tempo, fazer essas coisas... não vou nem comentar. Fica aí implícito. Pois bem, carreguei o resto do ano - que de outubro à dezembro foi o mais pesado - e chegadas as minhas férias, que iniciou uma semana antes do que deveria, pois eu tinha feito algumas horas extra para isso,  tirei esse tempo para pensar. Li alguns livros, descansei, brinquei com as meninas, vi filmes daqueles bem água com açúcar no netflix, encontrei com as amigas. Eu vivi.

E em janeiro eu já tinha decidido que eu precisava sim de algo e que eu precisava cuidar da minha saúde física também, além da mental. Pensei inicialmente em aulas de dança, mas eu não tenho como gastar nada no momento e aula tem dia e horário certo. Nada do que eu consigo honrar nas minhas semanas corridas. Eu precisava de algo maleável e gratuito, que eu pudesse adequar aos meus horários e não o contrário.

Foi então que eu comecei a caminhar. Durante esse um mês caminhei a primeira parte dele sozinha. Foi uma caminhada bem introspectiva, foi bem bacana. Eu observava a vegetação balançando com a brisa, o sol, o céu e acreditem... meus próprios pensamentos! Quem diria que eu ainda os tinha? Com o passar do tempo, eu senti a vontade de andar fora do meu condomínio, não aguentava mais só andar em voltas e aí essa parte foi acontecendo naturalmente.

Longe de mim achar que sei tudo, estou aprendendo, mas eu sei que me fez bem e isso já me basta. Ainda estou no processo de me conhecer de novo e cuidar de mim. Mas já me sinto no meio do caminho e não mais no começo procurando por onde iniciava a trilha.

Beijos,
Bárbara.

Por onde andei...

Aquele velho clichê de blogueiro turista... eu sei que eu estive ausente, mas estou de volta de verdade - não riam de mim! hahahahahaha - Então junto com as minhas outras resoluções de ano novo, que eu ainda não abandonei e não quero, vim para aqui um pouco e pretendo sim vir mais. 

Embora eu não tenha realmente escrito nada aqui há algum tempo, a minha cabeça não para por um minuto e durante o ano, janelas de novas postagens se abriram na minha cabeça, como uma pop-up chata que aparece do nada, sabe? Pensando que aquele momento, aquele sentimento, enfim, era algo que deveria ser mencionado ou dividido. Que tinha significado.

Então com isso em mente, de que eu estou de volta e quero dividir algo. Não que eu ache que alguém tenha sentido minha falta, realmente eu acredito que eu senti muito mais falta do blog do que qualquer outra coisa, na procura de quem eu sou e da minha individualidade - algo tão realmente complexo após os filhos - e com essa nova cara que eu dei por aqui, quero desejar um feliz 2017 para vocês e dizer um até logo em breve...

Beijos.